sexta-feira, 17 de março de 2017

VINHO DA ARÁBIA

                                             CAFÉ 
                       O QUEBRA GELO MAIS GOSTOSO QUE EXISTE  


                                                






Seja como sabor forte que, em definitivo, abre os nossos olhos no café da manhã. Ou seja como companhia para uma leitura gostosa no meio do dia, em goles rápidos.



Seja após o almoço, e assim, dar ânimo para a voltar aos afazeres. Seja em um convidativo café da tarde com pãezinhos ou bolachas. Seja ao fim de expediente para contemplar finalizações, com muitos planos para o dia seguinte. Ou a noite ao lado de quem ama, em uma conversa animada na mesa da cozinha em uma caneca geek ou clássica.

Sem contar naqueles ¨cafés ¨que marcamos como se não houvesse amanhã, com intuito de rever amigos, fechar negócios, paquerar ou simplesmente sentir o prazer de degustar uma fatia grossa de bolo de fubá com ervas doce e sentir o sabor de infância percorrer o corpo inteiro. 

O café, até para os que não apreciam, causa um certo furor a partir de seu aroma, no ato do preparo. A fumaça é hipnotizante. Essa fantástica emanação perfuma os ambientes e traz uma certa tranquilidade, muitas vezes mais atrativa que o próprio sabor.

A alquimia deste grão precioso com água quente, surgiu na Etiópia, com possíveis ramificações no Sudão e Quênia. 

Embora Kaffa - nome do local da origem da planta, seja apontado como, também, origem do nome - Café, este vem da palavra árabe - qahwa, que significa ¨vinho¨. Após a disseminação deste grão pela África, logo percorreu estradas chegando no Egito e Europa. Mas Foi na Arábia que a bebida ganhou status e imensa importância, tornando-se o VINHO DA ARÁBIA. 


Diz a lenda que, há cerca de mil anos, um pastor chamado Kaldi, morador de Abissínia, atual Etiópia, observara o comportamento de suas cabras após ingestão de um fruto amarelo, um tanto avermelhada, de alguns arbustos.

Ele se impressionou com a vivacidade dos animais. Ao alimentá-los com este fruto seu rebanho conseguia caminhar muito mais, por muito mais tempo.
Tamanha surpresa e curiosidade, o fez experimentar este poderoso fruto. 

Apanhou porções dessa nova iguaria e levou para o Monastério. Lá, resolveu prova-los por meio de infusão. Em poucos dias notou que a bebida o fazia se sentir disposto e sem sono a noite, o que favorecia a leitura.
Não demorou nada para que os benefícios se espalhasse pela região. Há registros de plantações nos monastérios islâmicos, no Yemen por décadas.

Kaveh Kanes
No século XVI, na Pérsia, a técnica tradicional usada até hoje, fora instaurada: Grãos torrados.
Visionários, os Árabes, detiveram o controle total sobre o cultivo e modo de preparo.
Meca inaugurou as primeiras cafeterias, conhecidas como Kaveh Kanes. Nesses locais os religiosos sem encontravam para rezas e meditações, como a religião muçulmana proibia o consumo de qualquer bebida alcoólica, o Café, era uma benção.

Botteghe Del Caffe
As estratégias para afastar todos desse precioso Grão, seguiu até 1615, quando os italianos conseguiram ultrapassar essa barreira e encaminhar mudas do então, Vinho da árabe, para Europa. O Café passou a fazer parte da boêmia e cultura sendo exaltado nas fascinantes Botteghe Del Caffe.

Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta
Em terras tupiniquins o Café chegou no estado do Pará, mais precisamente em sua capital Belém, em 1727, trazida da Guiana Francesa. A mando do Governado do Maranhão, o Sargento-Mor Francisco de Mello Palheta, saia em missões pela Guiana para encontrar este Ouro.



Nesta ocasião o Café já tinha imenso valor comercial. As fazendas cresciam, assim como, as populações escravas que davam o suor, sangue e a dignidade à esse Ouro Negro, que representaria, até hoje, as virtudes de muitos brasileiros, que apesar das aberrações acometidas pelos Donos de terras a esse bravos guerreiros, não desistiram... Nunca.





As condições climáticas do Brasil favoreceram muito a disseminação do cultivo, em princípio voltado para o mercado doméstico.



Do Maranhão seguiu para Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Minas Gerais consecutivamente.


Por quase um século o Café foi a principal riqueza do país, a economia cafeeira fora responsável pelo crescimento acelerado do Brasil, em seus primórdios.
A linha de CAFÉ que despertou interesse externo foi a produção do Café tipo Santos.
Infelizmente na Crise de 1929, data em que ocorreu a quebra na Bolsa de Nova York  a economia cafeeira brasileira não aguentou o abalo mundial. Os preços despencaram e as lavouras não estavam preparadas. Nesse período, milhões de sacas de café armazenadas foram queimadas e milhões de pés de café foram extinguidos para tentar escapar da queda do mercado.

Quando a poeira baixou a região Sudeste foi a primeira a se restabelecer. Entre altos e baixos o Café voltou à forma e a render expressivamente para o país.



Atualmente o Brasil é responsável por 30% do mercado internacional. No mercado consumidor, só perde para os EUA.






Venha tomar CAFÉ no ENSEADA GOURMET e fazer valer a pena a Luta do nosso OURO NEGRO!!!




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Erika Dessler – Redatora na Agência AllThree. Roteirista e Produtora de AudioVisual, graduada em Comunicação Digital e Roteiro no Theatro Ruth Escobar. Viaja com o Cinema, Música, Bom Humor, Literatura e Café com suas paixões intrínsecas tatuadas n´alma






        

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